Charles Perrault ( continuação)
Biografia
Primeiros anos
Charles Perrault nasceu em 1628 em Paris e morreu em 1703. Quinto
filho de Pierre Perrault e Paquette Le Clerc da alta burguesia,
completou seus estudos sozinho, por ter se desentendido com um
professor. Dá início aos seus estudos em 1637, no colégio de Beauvais, que viria a concluir aos quinze anos, tendo demonstrado um certo talento para as línguas mortas. Seu irmão Claude Perrault tornou-se um arquiteto de renome. Em 1643 ingressa no curso de Direito e, em 1651, com apenas vinte e três anos, consegue o seu diploma, tornando-se advogado.
Profissão
Em 1654,
Perrault torna-se funcionário junto do seu irmão mais velho Pierre,
cobrador geral do reino e, depois de ter publicado uma série de odes
dedicadas ao rei, torna-se assistente de Colbert, o famoso conselheiro de Luís XIV. Em 1665
passou a ser superintendente das obras públicas do reino e, dois anos
mais tarde, ordena a construção do Observatório Real, de acordo com as
plantas do seu irmão Claude.
No ano de 1671 é eleito para a Academia Francesa de Letras
e no dia da sua inauguração permitiu ao público presenciar a cerimónia,
privilégio continuado ainda nos nossos dias. No ano seguinte, não só é
nomeado chanceler da Academia, como contrai matrimónio com Marie Guichon.
Vida pessoal
Do casamento nasceram quatro filhos Charles Samuel, Charles, Pierre Darmancour e uma menina cujo o nome não se sabe, porque não há documentos ao seu respeito. Após seis anos de casamento, sua noiva morre de varíola.
Carreira Literária
Querela dos Antigos e dos Modernos
Na Academia Francesa, Charles Perrault protagonizou uma longa disputa intelectual, batizada de Querela dos Antigos e dos Modernos. Os Antigos eram escritores que acreditavam na superioridade da antiguidade greco-romana
sobre toda e qualquer produção francesa. Os Modernos, contudo,
defendiam que a produção literária francesa não era inferior aos
clássicos do passado. Perrault liderava o grupo dos Modernos e tentou
provar a superioridade da literatura de seu século com as publicações Le Siècle de Louis le Grand (1687) e Parallèle des Anciens et des Modernes (1688–1692).
Contos de fadas
Em 1695, aos 62 anos, perdeu seu posto como secretário. Idoso,
resolveu registrar as histórias que ouvia de sua mãe e nos salões
parisienses. O livro, publicado em 11 de janeiro de 1697, quando contava quase 70 anos, recebeu o nome de Histórias ou contos do tempo passado com moralidades,
mas também era chamado de "Contos da Velha" e "Contos da Cegonha",
ficando, afinal, conhecido como "Contos da mamãe gansa". A publicação
rompeu os limites literários da época e alcançou públicos de todos os
cantos do planeta, além de marcar um novo género da literatura, o conto de fadas.
Foi, ao fazer isto, o primeiro a dar acabamento literário a esses tipos
de histórias, antes apenas contadas entre as damas dos salões
parisienses. In Wikipédia online
Sem comentários:
Enviar um comentário